Socionomia – Uma metodologia atual
Somos robôs ou criadores?
Somos atores no palco da vida ou autores da vida?
“Enquanto não nos libertarmos das mesmices do cotidiano, estaremos fadados a viver uma era de robotização nas escolas e empresas. É preciso que o ser humano seja flexível, criativo e capaz de se relacionar acompanhando o fluxo da vida, para isto ele necessita ir além da fixidez do TER materialista e dos próprios cargos. É preciso SER, buscar uma liberdade se relacionando melhor consigo mesmo e com os outros para alcançar seus objetivos. Assim, ter e ser tornam-se verbos que caminham juntos.” Drummond e Souza (2008)
O desenvolvimento do ser humano contribui para os resultados organizacionais, na medida em que os profissionais criam um bom clima, haja vista que uma boa relação de equipe auxilia o bem-estar dos profissionais envolvidos. Estes fatores contribuem e determinam o comprometimento organizacional (LEITER, 2013; OSATUKE et al, 2009; REGO; SOUTO, 2004; DRUMMOND, 2016). Nas pesquisas sobre a relação saudável dentro das organizações, Cameron e Caza (2004) e Kets de Vries (2008) apontaram para uma relação positiva entre os fatores de relacionamento e do desempenho financeiro das organizações.
Além disso, o Psicodrama Organizacional é também aderente aos estudos atuais de Csikszentmihalyi (2004, 2012). O pesquisador, trabalhando com grandes líderes norte-americanos, ressalta que a estabilidade emocional e profissional é vital para as organizações. O autor defende a teoria de que os líderes deveriam promover, com seus colaboradores, a melhoria da qualidade de vida. O autor conclui que a felicidade pessoal e profissional é um dos bens preciosos do ser humano, sendo o trabalho um dos pilares para que isso ocorra. Para o autor, é tríplice a responsabilidade das organizações, de modo que os líderes devem assegurar o cumprimento de objetivos econômicos, sociais (relacionais) e ambientais.
A sabedoria do ser humano está calcada naquele que sonha e sabe os melhores caminhos para concretizar resultados, por meio de boas parcerias e efetivas estratégias e que, portanto, passa a se relacionar, e não somente a produzir. Em 30 anos, de atuação prática e teórica, vivenciamos a importância do Psicodrama como ferramenta para o desenvolvimento das riquezas humanas de empresas de todos os tamanhos e origens, seja em líderes de alto escalão, seja naqueles em desenvolvimento ou em operários, e em diversos tipos de situação: motivação de equipes, conflitos entre áreas, coaching individual e estímulo de grupos para que expressem seus problemas e desafios.
O Psicodrama é utilizado em organizações para que os profissionais possam utilizá-lo no desenvolvimento pessoal e profissional daqueles que os rodeiam.
As bases filosóficas da civilização ocidental estão mudando: o que antes focava na produção, hoje tem como foco as relações inter e intrapessoais para garantir e otimizar a produção (SOUZA, 2010).
O Psicodrama vem se fortalecendo por sua eficiência e eficácia, em especial em trabalhos como os organizacionais, que precisam de agilidade, respostas rápidas e adequadas. Adequação é palavra-chave no trabalho de Psicodrama e é por ela que conseguimos realizar trabalhos em diferentes lócus, modalidades, focos e interesses.
Jacob Levy Moreno (1889-1974), médico austríaco fundador do Psicodrama, diz: “uma resposta provoca uma centena de perguntas”, e é com essa expectativa que deixamos algumas respostas que encontramos no caminho e abrimos muitas outras questões a serem respondidas no nosso cotidiano de trabalho e de vida.